segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cores: saiba como usar os tons da moda

Há um ano, um cinza-escuro tomou as paredes antes brancas da sala de jantar de 14 m² da decoradora Christiane Laclau, sócia do arquiteto Rafael Borelli.
Por que o cinza?
Ao mesmo tempo em que tem personalidade, ele é neutro e não enjoa. Ao observar o antes e o depois, percebo que a decoração ficou mais elaborada. É um tom masculino, porém aconchegante, qualidade desejada numa sala de jantar.
Que recursos usou para não pesar o ambiente?
O rodapé alto branco equilibra e ao mesmo tempo destaca o cinza. Também é importante observar que tenho boa entrada de luz na sala, localizada à frente de uma varanda. Em espaços pequenos, recomendo versões mais claras.
Ao redor da mesa de jantar de peroba, desenhada por Christiane e Rafael, estão as cadeiras de alumínio importadas Navy, da Emeco. Os lustres são assinados pela designer dinamarquesa Cecilie Manz. Fotos de Herb Ritts. Louças da H. Stern Home.

Em vez dos tradicionais azulejos claros, um vermelho fechado veste as paredes da cozinha de 10 m² projetada pela decoradora Clarisse Reade.
Por que escolheu essa cor?
Não gosto de tons abertos, pois acabam pesando o ambiente. Como já havia madeira e granito entre os acabamentos, busquei no vermelho um complemento para aquecer e dar personalidade. Ele traz sofisticação e faz com que a cozinha não tenha apenas aquela cara funcional, mas também de ponto de encontro.
Como usar um tom forte sem pesar?
A cozinha é bastante iluminada, o que impede que fique escura e triste. Além disso, optei por elementos claros para ganhar leveza, caso das portas brancas.

O mix de cinza, azul e branco parece a combinação ideal para o descanso neste quarto de 40 m² decorado pela arquiteta Esther Giobbi.
Que sensações explorou nessa paleta?
A moradora queria um quarto romântico, mas ao mesmo tempo contemporâneo. Foi o que busquei com o cinza na parede, bem atual. Mesclado com o azul-esverdeado de acessórios, o visual transmite calma e frescor. Por sua vez, os elementos brancos ajudam, iluminando o resultado.
Com que outras cores você acha que o cinza vai bem?
Por ser neutro, pode ser usado com quase todos os tons. Particularmente, gosto bastante da combinação com cereja, branco e mostarda.

O rosa-suave busca feminilidade e delicadeza no quarto da adolescente, de 15 m². A proposta é das designers de interiores Flávia Brito e Rebeca Borin.
Como chegaram a esse rosa-claro?
Escolhemos primeiro o tecido da colcha, com uma estampa marcante. Ela determinou a procura de tons derivados mais tranquilos. Eles entram como complemento para evocar repouso e aconchego, as principais sensações que um quarto pede.
Qual o segredo para que a cor não fique enjoativa?
Para quebrar o rosa, usamos bastante branco nos acabamentos e concentramos os tons fortes apenas nos detalhes, como nas almofadas. O espelho fumê que reveste a frente dos criados-mudos também ajudou a equilibrar o resultado.
Com cabeceira de camurça, a cama da NM Estofados tem colcha com tecido da Designers Guild (Empório Beraldin). A confecção é da Kika Chic. As almofadas alternam estampas da Designers Guild e da Vitrine. Abajur da Lustreco e criado-mudo da Quartos & Etc. Mandala do Adriana e Carlota Atelier de Pinturas.

Combinação surpreendente Um teste de cores permitiu definir a paleta diversa da sala de 42 m², projeto dos designers de interiores Antonia Mendes e Ricardo Umada.
Como chegaram à combinação de três cores?
Partimos da tela listrada dos moradores para trabalhar um leque de que eles gostavam. Por ser iluminada, a sala não restringia o uso de tons como o roxo. No teste, ficamos com o violeta na parede maior, equilibrado pela leveza do verde-cítrico na viga. Para a coluna, optamos por um acinzentado neutro.
Qual o segredo para orquestrar diferentes tons?
Gostamos de liberdade no uso da cor, mas repare que as escolhas conversam. Isso porque cada nuance foi retirada do desdobramento das cores principais.

Cores sobrepostas enchem de personalidade a sala da decoradora Neza Cesar. Até os móveis foram pintados, caso da cama dos anos 1950, convertida em sofá.
Como chegou a essa cartela?
Adoro experimentar e ando apaixonada pela dupla azul e verde-militar, pintada na estrutura do sofá. Para compor o leque, fiz o estudo com peças soltas, como lenços e _ ores de tecido com esses tons, todos tendência.
Por que a mistura funciona?
Os azuis se complementam e o verde leve na parede traz frescor aos móveis de tons fortes. A sensação é de contraste, quase como um sol que entra na casa. Já os rosados do tapete e do assento do sofá vão bem com o azul.

Na parede à frente, ficam a estante com nichos para livros e o móvel de apoio para o DVD (1,60 m x 40 cm e 45 cm de altura). Ambos são de MDF com laca brilhante azul. Os móveis azuis foram feitos pelo marceneiro André Crudo. Luminária da Fas, tapete lilás da Originale, sofá de Fernando Jaeger e quadros da galeria Mônica Filgueiras. Parede em tom cinza combinando perfeitamente coma poltrona amarelo e a marcenaria azul.