quinta-feira, 7 de maio de 2009

A ARQUITETURA SUSTENTÁVEL DE LELÉ


Hospital Infantil Sarah Kubitschek-Rio, Rio de Janeiro.


Implantação na Ilha Pompeba no Rio de janeiro: vistas privilegiadas.


Sheds - coberturas onduladas de chapas metálicas.



Shed, na sala de reabilitação infantil, ilumina e ventila naturalmente.
O grande Arquiteto João Filgueiras Lima, mais conecido como Lelé, produziu mais de 70 projetos em diversas regiões do Brasil, e seu trabalho é muito conhecido pelas criativas soluções estruturais e pelo dedicado esforço no desenvolvimento e na aplicação de sistemas pré-fabricados, considerando a iluminação e a ventilação natural de uma forma bastante plástica. O partido arquitetônico do edifício foi baseado na premissa de explorar a ventilação natural, que definiu a estratégia adotada no projeto. Os sheds no telhado extraem o ar e promovem a iluminação diurna difusa. Com o uso de componentes industrializados, as obras dos quatro edifícios do Sarah-Rio foram concluídas em apenas seis meses. No novo centro, o arquiteto também optou pela implantação horizontal, a exemplo do que já havia feito nas unidades da Rede Sarah em Brasília, Salvador e São Luís. Com isso, os ambientes integram-se a terraços ajardinados, onde os pacientes tomam banho de sol. Para garantir a incidência controlada do sol - importante fator de combate às infecções -, os espaços são protegidos por cobertura com brises.
O emprego do ar-condicionado foi generalizado para os vários setores do centro, com exceção da hidroterapia, do galpão de esportes náuticos e de alguns ambientes do bloco de serviços gerais. Mas, o projeto procurou dotar o edifício de ventilação natural, comprovadamente eficiente no combate a infecções hospitalares, evitando ambientes herméticos. Assim, as coberturas dispõem de nichos que contêm dutos de insuflação de ar das clarabóias destinadas à iluminação e á ventilação naturais. As aberturas dos sheds estão protegidas por venezianas que impedem a incidência direta do sol nos vidros das esquadrias. Na execução do projeto, o arquiteto utilizou fundações diretas, com sapatas contínuas ou isoladas. A estrutura dos sheds e coberturas foi constituída de vigamento metálico em chapa dobrada, apoiado em pilares também metálicos, que vencem vãos de até 12,5 m. O arcabouço das coberturas dos sheds e das abóbadas é formado por treliças metálicas a cada 2,50 m que se apóiam novigamento duplo.